O grande fluxo de imigrantes alemães e italianos acabaria passando ao país a ideia do Rio Grande do Sul como um enclave europeu, livre do passado escravista.
Os números do Censo de 1872 contam outra história: o Rio Grande do Sul estava na parte de cima da lista das províncias que mantinham no infame regime maior proporção de suas gentes. Porto Alegre superava por larga margem São Paulo capital e Salvador no mesmo quesito e ano.
O mito de não haver ou haver poucos escravos na terra dos gaúchos merece uma revisão, especialmente no que se refere a Rio Grande, Bagé, Santana do Livramento e outros, líderes escravocratas entre as unidades autônomas da província.